Aos Sábados na parte da manhã, as Portas de Mértola enchem-se de gente. Hoje particularmente era um movimento de fazer inveja a qualquer centro comercial em tardes de Domingo. O Luiz da Rocha estava cheio, assim como as esplanadas e as lojas registavam bom movimento. A Rua Capitão João Francisco de Sousa, a Rua de Mértola, a (antiga) Meia Laranja, estavam cheias de gente.
São sinais a que os comerciantes e a Associação que os representa, assim como a Câmara Municipal , devem atender e responder à altura: da parte dos logistas , ensaiar a abertura aos sábados de tarde; da parte da Câmara conferir a estas ruas um ar de centro comercial ao ar livre, instalando vaseiras, melhorando a limpeza e corrigindo deficiencias na calçada.
Se alguém ainda tinha dúvidas, está aqui a prova de que não é por vedar o acesso ao trânsito, que se afastam as pessoas.
... poi é... mas QUANTO custa aos logistas manerem os estabelecimentos abertos fora das chamadas "horas normais"?... seria bom que houvesse mais comércio tradicional aberto. Mas a que custos para os comerciantes? Falar é fácil, fazer... nem sempre...
Abraços,
extramodum
Custa o mesmo que custa para os outros.
E quanto é que custa mantê-los fechados?
... aí é que tu te enganas!!!
È que custa MUITO mais aos pequenos empresários ou lojistas manterem o estabelecimento aberto nos "dias de descanso" do que custa às grandes superfícies:
1 - As grandes superfícies têm uma capacidade de negociação muito superior à dos "pequenos", já que mais não seja pelo "volume" de negócio (o que lhes permite pagar as taxas e impostos exigidos para tal...)
2 - Para além do elevado número de "funcionários" de que dispõem, incluem nos contratos dos mesmos a "disponibilidade para efectuar serviço ao fim de semana em horário flexível..."
3 - ...se cometerem alguma "ilegalidade", dispõem de meios, financeiros e não só para lhes fazer face...
Pergunto: Qual é o "comerciante tradicional" que está capaz de competir com estas condições? Das duas... três: ou sacrifica os seus dias de descanso e fica ele na "loja" (pagando a sobretaxa de abertura ao domingo, p.ex.); ou paga a alguém o "excesso de ter que trabalhar ao fim-de-semana" (correndo o risco de não fazer p'rá despesa...e pagando a taxa já referida...); ou então... não abre... e não ganha, mas também não perde!!! (e ainda não paga a referida taxa!)
Se estivessem todos em pé de igualdade, "pequenos espaços comerciais" e "grandes superfícies", se todos tivessem que cumprir os mesmos horários..., acredito que as cidades e vilas do nosso país teriam mais VIDA!
Há pouco tempo estive em Madrid, durante um fim-de-semana, e verifiquei que, tirando os "Cafés", Restaurantes e pequenas lojas de "souvenires" - e mesmo estas só em zonas chamadas de "turísticas", mais nenhum espaço comercial, fosse grande ou pequeno, se encontrava aberto! E as pessoas andavam pelas ruas, sentavam-se nas esplanadas ou nos bancos-de-jardim e falavam umas com as outras enquanto assistiam a um qualquer artista-de-rua que os entretinha a troco de... sei lá o quê (eu dei 1 euro a um "mimo"...)
Mas isso são "espanholices"! Eles estão errados. Nós é que estamos certos. Por isso é que eles têm a ETA e nós... nós temos o quê???
Abraços,
extramodum
Tu deste 1 euro a um Mimo?
O Espanhois têm a ETA e nós temos a TRETA!
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