Na Grécia, o povo está divido quanto às medidas de austeridade impostas pelo governo, (tomando como boas as notícias que nos chegam). No entanto as imagens mostram as ruas cheias de pessoas, que decidiram dar-se ao incómodo de se manifestarem publicamente, sim porque em qualquer circunstancia é sempre mais incómodo (e quantas vezes com consequencias gravosas), fazê-lo contra, ao invés o cómodo conformismo ou a onda concordante dos fracos (como nas relações de infância em que é melhor estar do lado dos mais fortes para não apanhar).
Por cá, sente-se coisa semelhante, pessoas que se deixam embalar com a conversa e acreditam que a razão está do lado dos que lhe pedem (mais uma vez) um esforço a bem do país e que a greve de Quinta Feira, até pareceu uma inconsciência numa altura destas em que a situação económica justificava que nos amaçássemos, vêm agora os funcionários públicos pedir actualização salarial.
O que determinadas pessoas não dizem, nem propõem, é que se faça uma discriminação positiva da actualização dos salários, congelar actualização dos salários e pensões mais altos, ou então tributar a 100% os rendimentos que estejam fora do enquadramento sócio-económico do país.