O principio de uma sociedade diferente. É assim que vejo a aprovação da Lei que passa a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, juntando Portugal a outros países. Diria mesmo uma sociedade profundamente diferente. Não me refiro sequer ao inquestionável direito, há muito consagrado na constituição, no que respeita à não descriminação em função do sexo, orientação sexual ou religiosa. Mais tarde ou mais cedo, a adopção será possivel e assistiremos ao apelo dos Estados para que procriem, nem que seja com recurso a processos clínicos, ou adoptem, porque a sociedade está a envelhecer.
A sociedade diferente de que falo, é um Estado resignado perante a indisponibilidade para dar continuidade ao actual conceito de família, (com a procriação em vista... ). Já é notória a indisponibilidade "dos casais", para atender aos apelos do Presidente da República, outros apelos virão e outros e outros, até que o argumento do envelhecimento acelerado da população, será a abertura que os laboratórios esperam para pôr em prática aquilo que hoje em teoria já é possivel.
É o "Admirável Mundo Novo", com o Homem cada vez mais livre. Ou talvez não.