Tenho um cão que consegue fugir do canil das formas mais estranhas. Nunca registei a fuga, a única coisa que consigo ver é a sua ausência.
Ao ver este vídeo, fiquei esclarecido sobre as capacidades que os canídeos têm em armar a fuga.
Quem não conseguir extrair a percepção exacta dos factos que estão resultar da crise financeira que se instalou, vai estar desenquadrado e fora do contexto temporal que a sociedade vai impor muito rapidamente.
Nada vai ser como antes. Nas empresas, no Estado, nas contas pessoais, vão impor-se naturalmente lógicas diferentes de gestão e prioridades de consumo. Quando uma parte significativa do investimento é canalizado para aplicações financeiras, em detrimento do investimento no tecido produtivo, pode realmente dar no que deu.
Quanto mais forte for o abanão financeiro, mais evidentes vão ser as razões para a mudança de mentalidades relativamente ao uso do dinheiro. Como forma de acrescentar valor, uns trabalham e sai-lhes do corpo o sacrifício de manter as empresas ou os orçamentos familiares, outros fazem aplicações financeiras e esperam que vá caindo, o pior é quando estoira, pagam todos.
É agora mais claro que o dinheiro por muito que circule de aplicação em aplicação, não gera riqueza, enriquece uma minoria e enfraquece a economia estabelecendo um peso sobre o tecido produtivo, conduzindo ao estado em que estamos, de estagnação, de não produção, ou então de endividamento, por causa do comportamento imoral da economia.
Estou convencido que quando a terra parar de tremer, vai haver mais tino, mão firme no dinheiro e atenções viradas para outros sítios, de preferência onde não estejam os senhores da banca.