Aos Sábados na parte da manhã, as Portas de Mértola enchem-se de gente. Hoje particularmente era um movimento de fazer inveja a qualquer centro comercial em tardes de Domingo. O Luiz da Rocha estava cheio, assim como as esplanadas e as lojas registavam bom movimento. A Rua Capitão João Francisco de Sousa, a Rua de Mértola, a (antiga) Meia Laranja, estavam cheias de gente.
São sinais a que os comerciantes e a Associação que os representa, assim como a Câmara Municipal , devem atender e responder à altura: da parte dos logistas , ensaiar a abertura aos sábados de tarde; da parte da Câmara conferir a estas ruas um ar de centro comercial ao ar livre, instalando vaseiras, melhorando a limpeza e corrigindo deficiencias na calçada.
Se alguém ainda tinha dúvidas, está aqui a prova de que não é por vedar o acesso ao trânsito, que se afastam as pessoas.
Foto gentilmente cedida por CMF do Cantinho dos Pchardecos
A Coruja Azeiteira, assim designada porque tinha a fama de beber o azeite das candeias, isto claro está, no tempo em que as pessoas usavam as candeias de azeite, como forma de iluminação. Efectivamente a coruja pousava junto das candeias, não para beber azeite, mas sim para se alimentarem dos insectos atraídos pela luz.
Por outro lado, o Senhor Gulbenkien que tanto fez pelos livros e pela leitura, em dada altura também se acreditava que o seu interesse por difundir hábitos de leitura estaria associado ao interesse em aumentar o consumo de petróleo, principal fonte de iluminação na primeira metade do século passado e em que ele próprio teria interesses particulares.
Decorridos muitos anos e chegados aos dias em que da energia eléctrica, dependem inúmeros gestos ao longo do dia, num país que tem a energia eléctrica a preços muito mais caros relativamente à maioria dos países Europeus, depois de 2 anos com os salários da função pública congelados, de aumento de impostos e de uma quantidade enorme de Portugueses a viver com um orçamento baixo, aparece alguém com a intenção de aumentar a energia eléctrica em 16%.
Não há dúvida que a vida está cheia de equívocos.
No fim de semana que passou, a Feira de Castro Verde voltou a bafejar o Alentejo, com o que de mais tradicional as feiras regionais encerram. O que parecia ser uma tradição em vias de se perder, as feiras no seu formato original têm a sul do país, a sua expressão máxima em Castro Verde, Alvito, em Ponte de Sôr e um pouco ainda em Évora. Pena é que Beja tenha deixado cair a tradicional Feira de Santa Maria.
(in joraga.net)
É famosa a expressão popular:
"Queres comparar o cu das calças com a Feira de Castro"
Não menos famosa a quadra:
" Adeus ó Feira de Castro
já te fiquei conhecendo,
tenho a ponta do pau gasto
e as bordas do rabo ardendo."
Eu explico,
um pedinte, com o seu acordeão e mais a desgraça de ser coxo, usando um muleta, calcorreava a feira tocando o velho acordeão, apoiando o rabo na muleta de pau.
À saída das Neves, foi construída uma rotunda, imagine-se, para facilitar o acesso à estrada nacional 260 (salvo erro).
Assim:
O sinal de trânsito circungiratório, indica que os veículos que circulam na rotunda tem prioridade, regra aliás, reforçada pelo sinal colocado em baixo .
Imagine-se a aproximar deste local, a leitura de transito que faz é esta mesmo: que se aproxima de uma rotunda, terá de dar prioridade a todos veículos que nela circulam, e que uma vez a circular nela, terá prioridade sobre os veículos que pretendam entrar. Fui confirmar ao código da estrada e não há dúvida a regra funciona assim.
Acontece que de repente a rotunda é interrompida por um STOP.
Justamente para passar este camião, que circula na estrada nacional 260 e que podia levar qualquer um no bico. Imagine-se que é de noite, um condutor que não conheça o local, pode confundir-se com a situação invulgar (eu nunca tinha visto), e dar-se uma tragédia
Agora pergunto: eu sou uma bécula , não sei ler o código da estrada e isto é perfeitamente normal? ou os senhores do Instituto de Estradas não sabem o que fazem e metem em perigo a vida dos cidadãos?
Independentemente desta aparente aberração, o que é facto (tenho que dizer), é que não há notícia de acidente neste local depois desta obra ser feita. Antes, era um cruzamento normalissimo e ocrreram ali acidentes bastante graves.
Em 1952, a Chança segundo um anuário económico da época, teria 2.384 habitantes.
Tinha 5 alfaiates: Edmundo Sousa, Gregório Bragança, Joaquim Bernardo, Manuel João Correia e Vicente Marques da Costa.
2 barbeiros: José de Oliveira e Gregório José Bragança.
2 Ferreiros: João Falcão e Isidoro da Costa Gomes.
1 empresa de lacticínios (fabrico de manteiga): Jacinto Torres Vaz Freire
1 empresa de especiarias: Sociedade Fabril de Pimentão.
1 empresa de cerâmica: Dr. Jorge da Fonseca Bastos.
10 Mercearias: António Acates, António J. Correia, Irene dos Santos Calado, João C. Falcão, João Trindade Caldeira, Joaquim José Borrecho , Joaquim José Correia, José F . Jacinto, José Lopes Belo e Manuel Raimundo.
4 Talhos: Vicente de Oliveira, João S. Pedro Canarias , António José Correia e Joaquim José Correia.
2 Padarias: Dr. Jorge da Fonseca Bastos e Mateus A. Tomás.
21 Agricultores / lavradores: Os Antunes, os Belos, Os Brancos, os Simas, os Mendes.... e por aí fora.
1 casa de espectáculos: Sociedade Recreativa Chancense .
3 Negociantes de peixe fresco: Francisco Bento, Joaquim Mendes Correia e Reinaldo da Silva Mateus.
2 Agencias bancárias: Abel Luís Antunes e José Ribeiro.
1 Carro de aluguer: José Alves Bugalho
O Presidente da Junta: Francisco Antunes dos Reis.
O Regedor: António Moreno Antunes.
Registo Civil: José Antunes Lopes Belo
O Prior: José Ramiro Gaspar
Presidente da Casa do Povo: José Roque.
A Chefe de correios: Lídia Calado
Aspirante a contribuinte também paga.
É assim: tenho uma filha com quase 2 anos ( a Alice sem Santo, lembram-se?), que foi juntando uns trocos dos tios, dos primos, dos avós. Entende-mos (nós os pais), abrir uma conta bancária para guardar as economias da Alice, pensámos não o poder fazer num banco que cobrasse despesas de gestão de conta, caso contrário lá se ia o mealheiro. Por enquanto a CGD não cobra, OK, fomos para abrir a conta, precisa de cartão de contribuinte, OK, não seja por isso, fomos tirar o cartão de contribuinte para a Alicita . Cédula pessoal, impresso e tal... - olhe agora vá ali pagar 5.92€.
Extraordinário!!
Realmente ser contribuinte sem contribuir, não faz sentido. É por isso que a minha filha já contribuiu com 20% do seu mealheiro para o Estado.
De repente assaltou-me uma dúvida: será que não temos que declarar ao fisco as gorjas que vão dando à minha filha?