No dia do Pai, era para ter vindo aqui postar, mas estive noutro espaço. Não queria deixar passar esta onda (o dia do Pai), para reflectir nesta pequena ideia:
Fazemos tudo por eles, não é? ...pelos nossos filhos! Pois!
Levantamo-nos cedo, deitamo-nos tarde, chegamos a casa fartos do dia, e tudo por eles!
Queremos deixar-lhes alguma estabilidade, temos sempre muito medo que a vida corra mal.
Somos Pais zelosos, podemos não saber o horário da escola, em que dia vão ter teste, se estão com problemas... mas somos Pais zelosos, estamos a trabalhar para eles.
Agora um bocadinho mais a sério, o que estou a dizer é que faz sentido que exerçamos a paternidade como sendo dos actos mais importantes da nossa vida. O que conseguirmos colocar de bom e na altura certa, na educação dos filhos, vai ditar o tipo de mundo que teremos (ou terão), amanhã.
Posso construir uma grande empresa, no dia em que eu morrer, ela pode desaparecer também. Os filhos não! melhor ou pior formados, ficarão a contribuir para a vontade colectiva da humanidade.
Bem ou mal, os Pais do mundo somos nós!
Os dias passam depressa e as semanas também ... e até os meses. Já perceberam que não sou funcionário público, digamos que vivo os dias com algum entusiasmo e não anseio pelo fim do mês. Desculpem, não queria ser ofensivo para (ainda), um grupo significativo da Sociedade Portuguesa. Mas não era necessário tanta converssa para dizer o seguinte: o Malato, devia ter vergonha, pronto ... não vá o senhor ofender-se, o senhor Malato devia ter vergonha! É que que no fundo, nós vivemos atarefados e não damos conta das merdas que fazem connosco. Não faz sentido que a televisão pública continue a insistir num concurso que passa diariamente, a seguir ao telejornal(?), ficando o horário nobre televisivo esgotado com dois programas, excessivamente longos, que dia após dia após dia , teimam em não deixar espaço para outro tipo de programação que poderia ajudar os cidadãos a aceder a informação mais útil ou conteúdos culturais mais interessantes. No fundo, havemos de passar a vida a lamentar o nosso atraso, sem nos preocuparmos com as causas, é que todos conhecemos em pormenor o enredo de uma novela que tem dos piores guiões, que nos últimos tempos por aí apareceram (só espero que não seja do Tózé Martinho), em contraponto a isto, temos o facto de chegados a esta altura do ano, e mais de metade da população portuguesa, não saber preencher a declaração do IRS. Experimentem perguntar a pessoas que conheçam, se sabem qual é a taxa de IRS para o trabalho dependente, qual é o valor que descontam para a Segurança Social, ou qual é o valor do Salário Mínimo em França. Eternamente distraídos por um Malato (este ou outro qualquer), para que facilmento possamos ser comidos, sei lá até quando.