Há algum tempo atrás, passei em Mértola, num dia de semana, junto de uma reserva de caça e vi um dos maiores ajuntamentos de carros topo de gama, que alguma vez...
Pronto, está bem! Isto começa mal, cada um faz a vida que entende ou que pode e o argumento não reside aqui.
A questão essencial é esta: os que partem pedra (o povo), os que estão na linha de fogo quando se fala de produtividade (improdutividade), são quem injustamente e invariavelmente, carrega o fardo do que de pior a nossa economia tem. Então e os líderes? ( as chefias), que são contratados e pagos para apresentar resultados e o que têm para apresentar é o que est á á vista (é péssimo).
Não adiante divagar em teorias talhadas à medida de quem as inventa para seu próprio beneficio, a realidade são os factos que temos à frente do nosso nariz todos os dias. Não vale a pena eu estar aqui a particularizar, porque todos sabemos o que est á em causa e o que est á em causa é a falha do líder e quando o líder falha o grupo perde orientação e motivação.
Depois isto acaba por gerar o efeito odioso de nos colocar uns contar os outros, porque no fundo somos todos utilizadores do mesmo sistema (ou quase todos), chamamos nomes uns aos outros, participamos e reclamamos uns dos outros e não nos lembramos que h á responsáveis e não nos lembramos porque não são perceptíveis, nem física nem espiritualmente .
Porque razão falha a liderança?
Serão mal pagos; hierarquicamente será uma cadeia sem ligações, estão manietados por um sistema que transporta da base para o topo os vícios e a má prá tica ????????????
Um exemplo para reflectir (sem o propósito de exagerar, que tem levado que chegue nos últimos dias), mas que é extensível a outras formas de organização, ou desorganização:
As Escolas. As escolas são geridas por um grupo de professores designado por Conselho Executivo. Grupo este eleito pelos pares (outros profs) e pelos auxiliares de acção educativa (os contínuos). Os coordenadores de grupo idem, os directores de turma idem. O que resulta daqui é uma anulação por completo das competencias de chefia e liderança, ou seja, toma lá o meu voto, dá-me lá um horário bom ou as turmas tais.
Este é um caso particular onde o que há para apresentar enquanto resultado é muito mau e não adiante os professores fazerem fuga às responsabilidades, porque não há mais ninguém nas comissões de avaliação, nos CAE nas Direcções Regionias, nas secretarias do Ministério... a não ser professores.
No fundo (digo eu sem estar seguro de ter razão), a palavra de ordem deve ser "repensar os modelos de organização", quer no sector público, quer no sector privado e desinstalar quem está bem sentado em determinados cargos, sem dar provas de competência.